Webnário Tarozear

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Vídeo com apresentação do método de leitura de Tarô - Tarozear

segunda-feira, 17 de abril de 2017

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Tarô, o Espelho da Alma


O Tarô





O Tarô é um oráculo que reflete o Homem, seu estado e seu meio, o micro e o macrocosmo. É um conjunto de símbolos que serve para orientar o homem em sua jornada existencial, em seu processo de auto descobertas. De revelar-se. É o espelho da alma!



O Tarô é um conjunto de imagens arquetípicas, é um conjunto de símbolos, é um legado de homens sábios, é também uma representação simbólica da Árvore da Vida, mas é, sobretudo, um instrumento de autoconhecimento que nos leva a auto descobertas... No Tarô está sintetizada, em sua simbologia, toda a manifestação do Ser Humano, do mundo superior e de suas conexões com o Todo! Tudo em nossa existência pode ser encontrado nos arcanos do Tarô.

O Tarô não é um oráculo que sirva a adivinhação, ele é baseado na estrutura mental e emocional do ser humano, nos fatores naturais da existência e de acontecimentos da vida, portanto é um oráculo para análise, interpretação e compreensão. Os arquétipos contidos no Tarô apresentam nossa essência, nosso comportamento, nossos sentimentos e nosso processo de desenvolvimento...

Quando aprendemos sobre a linguagem simbólica e arquetípica do Tarô, adquirimos condições para melhor compreendermos a existência humana. Quando se consegue entender a linguagem simbólica do Tarô, adquire-se condições para melhor compreender a existência humana. Estudando as lâminas do Tarô, o psicólogo suíço Carl Gustav Jung descobriu que a linguagem contida nestas lâminas era uma linguagem arquetípica. Essa linguagem é composta pelos arquétipos, que significam as verdades da alma (psique). Estes arquétipos acompanham o homem desde tempos remotos e estão diretamente ligados ao Inconsciente Coletivo. (JUNG, Carl Gustav. Jung e o Tarô, Uma jornada arquetípica. Ed. Cultrix. São Paulo. 1999.)

O Tarô representa o espelho da alma humana, em seus símbolos e arquétipos estão registradas todas as possibilidades da vida, as tendências e os caminhos, que são conseqüências de ações assumidas. A “não ação” também é ação. O Tarô expressa o comportamento de uma situação e/ou do ser humano, ou seja, analisa um caminho envolvendo a pessoa, os outros e os possíveis resultados sempre baseado no conteúdo mental, emocional e vibracional de quem o consulta. 



O Tarô nos traz também um grande conteúdo filosófico e ensinamentos de ordem moral. Nos permite viajar no tempo e no espaço, identificando acontecimentos que podem vir a acontecer (futuro) se permanecermos com os mesmos hábitos e esquemas mentais (passado e presente). É, portanto, uma fonte de autoconhecimento e de individuação*[1].

A introspecção provocada pelo estudo dos seus símbolos nos leva a uma percepção mais clara da vida, mais plena, sábia e produtiva.

Este oráculo estabelece a relação do Homem com sua Alma, com o Todo, com sua própria existência, com Deus. E nesse processo temos o chamado Autoconhecimento.

A introspecção provocada pelo estudo dos seus símbolos nos leva a uma percepção mais clara da vida, mais plena, sábia e produtiva. Este oráculo esclarece a relação do Homem com sua Alma, com o Todo, com sua própria existência, com Deus. E nesse processo temos o chamado Autoconhecimento.

Interpretar o Tarô é compreender o ser humano durante sua grande viagem existencial, compreender a busca por si mesmo e por sua realização pessoal. Compreender os arquétipos do Tarô é um caminho para se desvendar os mistérios de si mesmo e é por essas características que o Tarô é um instrumento terapêutico capaz de ajudar eficazmente o indivíduo em sua busca.

O universo do Tarô é muito amplo e pode ser profundamente explorado visando o autoconhecimento, auto-ajuda, orientação, meditação e terapia.


Estrutura do Tarô

O Tarô é composto por Arcanos, são 78 lâminas (cartas) com nomes e símbolos próprios. Estas imagens são interpretadas através do estudo da simbologia própria e arquetípica do Tarô. Estes significados não podem ser alterados, independentemente de que Tarô se interprete, pois Tarô é Tarô. Alguns Arcanos Maiores são conhecidos por diferentes nomes, mas todos conservam sua essência original. O mesmo ocorre com todos os Arcanos: todos têm os mesmos atributos (em qualquer Tarô). O que os diferencia são apenas as imagens e as explicações mais elaboradas, com mais exemplos (sempre análogos), uns dos outros. Pode ocorrer em alguns casos, quando se estuda um Tarô Moderno, por exemplo, identificarmos que, além da simbologia do próprio Arcano, temos também a simbologia própria daquele autor, que agrega informações, mas jamais elimina ou altera informações essenciais. 
Os Arcanos do Tarô

A palavra Arcano, derivada da expressão grega Arcanum, significa "grande segredo"
O Tarô está dividido em três partes:
A 1ª parte representa Deus / O Espírito e é constituída pelos 21 dos Arcanos Maiores;

A 2ª parte representa o Homem, é simbolizada pel'O Louco, Arcano XXI nas escolas da Tradição antiga, ou XXII, em algumas abordagens modernas. Considerado como Arcano Zero, representa a síntese do Tarô.

- 22 Arcanos Maiores: A essência dos Arcanos Maiores representa os aspectos de orientação pessoal (personalidade), de uma situação, do livre-arbítrio, tendência do destino e o mundo das idéias. Representa o Plano do Homem, da Natureza e do Espírito.

A 3ª parte representa o Mundo Visível e é representada pelos 56 Arcanos Menores, formando 4 séries de 14 cartas cada e quatro naipes, além das figuras da corte.

- 56 Arcanos Menores: A essência dos Arcanos Menores representa os resultados obtidos através do livre-arbítrio, das escolhas, indica caminhos e atitudes a se seguir. Estão relacionados a rotina e ao cotidiano. Representa o mundo manifesto.

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O QUE É TARÔ AFINAL?


Tarô é um oráculo que nos presenteia com a oportunidade do autoconhecimento, é nosso espelho é o "Revelar-se a si mesmo" através dele!

A Adivinhação é sempre muito solicitada, mas é um equívoco acreditar que o Tarô seja, singelamente, um instrumento adivinhatório. Através dele observamos apenas tendências lógicas e racionais, compatíveis com o estado emocional de quem o consulta. É a Lei da Causa e Efeito em ação constante.



[1]*"Individuação significa tornar-se um ser único, homogêneo, na medida em que por 'individualidade' entendemos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando também que nos tornamos o nosso próprio si mesmo. Podemos, pois, traduzir 'individuação' como 'tornar-se si mesmo'" (Jung, 1928, p.49).

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

O que são Arquétipos?

Antes de iniciar a definição do conceito de arquétipo é importante entender como Jung dividiu a psique.

Para Jung o inconsciente possui duas camadas. À camada mais superficial do inconsciente ele denominou de inconsciente pessoal cujos conteúdos foram adquiridos individualmente e que formam as partes constitutivas da personalidade individual, sendo passiveis de se tornarem conscientes. À segunda camada, mais profunda, Jung denominou de inconsciente coletivo. Nessa camada os conteúdos são de ordem impessoal e coletiva, e representam uma base da psique universalmente presente em todas as culturas e povos e sempre idêntica a si mesma.

Em O Eu e o Inconsciente Jung diz:

“Já propus antes a hipótese de que o inconsciente, em seus níveis mais profundos, possui conteúdos coletivos em estado relativamente ativo; por isso o designei inconsciente coletivo.”

O inconsciente coletivo é formado pelos instintos e pelos arquétipos.

Os arquétipos são componentes de ordem impessoal e coletiva que se apresentam sob a forma de categorias herdadas. São sedimentos de experiências constantemente vividas pela humanidade em um processo repetitivo.

Em Psicologia do Inconsciente, essa idéia da repetição é encontrada.

“O arquétipo é uma espécie de aptidão para reproduzir constantemente as mesmas idéias míticas; se não as mesmas, pelo menos parecidas. Parece, portanto, que aquilo que se impregna no inconsciente é exclusivamente a idéia da fantasia subjetiva provocada pelo processo físico. Logo, é possível supor que os arquétipos sejam as impressões gravadas pela repetição e reações subjetivas.”

Portanto, são qualidades e traços herdados e compartilhados por toda a humanidade.

Ao contrário do inconsciente pessoal, o inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, ele é herdado.

Os arquétipos, enquanto imagens primordiais, são freqüentemente encontrados na mitologia, nos contos de fadas e lendas populares de diversas culturas. Neles encontramos situações similares como “a jornada do herói”, “a luta contra o monstro (dragão) para salvar a donzela“, etc. Bem com encontramos nos diversos panteões mitológicos imagens como o “o deus guerreiro”, “a deusa do amor”, “a grande mãe”, etc.



Para o mesmo arquétipo pode haver uma variedade de símbolos associadas a ele. Um dos arquétipos mais comentados e analisados é o arquétipo da Mãe, que não corresponde somente à mãe real de cada indivíduo. E em relação a ele há uma infinidade de símbolos, como a bruxa, a nutridora, a virgem, a natureza, etc.

Esses símbolos são capazes de ativar os complexos impulsionando a psique para a evolução, como um principio ordenador e mobilizador, mas também podem destruir e paralisar gerando neuroses, caso o indivíduo não aceite os complexos.

Sobre isso Jung (2012) diz:

“O fato de ter complexos, ao invés não implica uma neurose, pois normalmente são os complexos que deflagram o acontecimento psíquico, e seu estado dolorido não é sinal de distúrbios patológicos. Sofrer não é uma doença, mas o pólo oposto normal da felicidade. Um complexo só se torna patológico quando achamos que não o temos.”

É conveniente esclarecer, devido à grande confusão existente a respeito desse conceito, que os arquétipos são possibilidades de representação das imagens.

Em Arquétipos e o inconsciente coletivo, Jung diz:

“Há tantos arquétipos quantas situações típicas na vida. Intermináveis repetições imprimiram essas experiências na constituição psíquica, não sob a forma de imagens preenchidas de um conteúdo, mas precipuamente apenas formas sem conteúdo, representando a mera possibilidade de um determinado tipo de percepção e ação, Quando algo ocorre na vida que corresponde a um arquétipo, este é ativado e surge uma compulsão que se impõe a modo de uma reação instintiva contra toda a razão e vontade, ou produz um conflito de dimensões eventualmente patológicas, isto é, uma neurose.”


Os arquétipos, portanto, são formas preexistentes que só podem ser nomeados e representados quando acessam a consciência, por meio de imagens. A manifestação do arquétipo é pessoal, entretanto a base instintiva é a mesma para todos os seres humanos.

Assim como os antigos deuses necessitavam dos humanos para adorá-los, nomeá-los e para simplesmente existir em um mundo em três dimensões, os arquétipos universais necessitam da experiência humana para tomar forma em cada existência de modo único.


(Autora: Hellen Reis Mourão,é analista Junguiana e especialista em Mitologia e Contos de Fadas.
Atua como psicoterapeuta, professora e palestrante de Psicologia Analítica em SP e RJ)

Bibliografia

JUNG, C. G. Aion – Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

______. Arquétipos e o inconsciente coletivo. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

______ A Natureza da Psique. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

______ O eu e o Inconsciente, 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

______ Psicologia do inconsciente, 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

______ A prática da psicoterapia, 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.


Fonte: http://www.fasdapsicanalise.com.br/o-que-sao-arquetipos/